Combater a depressão com a alimentação? Sim, é possível!

Conceição Calhau, investigadora do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e professora da NOVA Medical School, explica, na revista Prevenir, como uma alimentação equilibrada pode ajudar a combater a inflamação crónica e a neuroinflamação, que está associada a sintomas depressivos. Como explica a responsável,  a neuroinflamação “promove a degradação do triptofano, o precursor da serotonina, reguladora do humor e conhecida como a substância da felicidade”.

A deficiência de ácido gordo ómega-3 e alteração da microbiota intestinal são apontadas como vias pelas quais a alimentação influencia a saúde mental. Para combater a inflamação, Conceição Calhau aconselha a privilegiar os alimentos ricos em ácidos gordos ómega-3, como a sardinha, a cavala e o salmão, e a evitar o consumo exagerado de alimentos ricos em ácidos gordos ómega-6, como a carne vermelha. Para preservar a microbiota, recomenda o consumo de leguminosas (grão-de-bico, feijão, favas ou ervilhas), hortofrutícolas, sopa, cereais integrais e alimentos fermentados.