Em entrevista à RTP, Cristina Santos, Pedro Pereira Rodrigues e Altamiro da Costa Pereira, do CINTESIS -Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), voltaram a questionar a qualidade dos dados de vigilância epidemiológica da COVID-19 disponibilizados pela Direção-Geral da Saúde.

São várias as falhas apontadas pela equipa de 12 investigadores. Por exemplo, “há cerca de 4000 casos que desaparecem no update [de agosto]”, referiu Cristina Santos, que teme “grandes vieses” nos estudos que usaram estes dados.

Para Pedro Pereira Rodrigues, “é preciso acabar com o paradigma de que existem dados para investigação científica e outros dados, sejam dados de vigilância epidemiológica, sejam dados de prestação de cuidados de saúde. Era importante que, no desenho dos sistemas de informação, isso fosse pensado”, disse, à RTP.

Os investigadores colocam-se à disposição das autoridades de saúde para ajudar a melhorar os dados. O objetivo, afirmou Altamiro da Costa Pereira, é estabelecer sinergias entre as faculdades e estruturas do ministério da Saúde. Deste modo, espera-se contribuir para uma melhor gestão da pandemia.

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