Numa semana em que se discute a legalização da eutanásia na Assembleia da República, a revista Visão recuperou os resultados de um estudo do CINTESIS  e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) que mostrou a percentagem de médico que concordavam com a morte antecipada, em determinadas circunstâncias. Esta investigação indica que 55% dos médicos são a favor da despenalização.

“Há claramente uma mudança geracional. Hoje, muitos médicos, sobretudo os mais novos mas não só, mostram-se mais abertos ao respeito pela autonomia e à questão do sofrimento do doente, enquanto parte de uma geração mais velha se mantém fiel a uma tradição judaico-cristã”, nota Miguel Ricou, investigador do CINTESIS e professor da FMUP, em entrevista.

Miguel Ricou é também presidente da Comissão de Ética da Ordem dos Psicólogos e coordena ainda a plataforma europeia Wish to Die, cujo objetivo é estudar o tema de forma o mais aprofundada possível.