“Promover a saúde para proteger da doença” é o lema do 2º Congresso de Medicina Preventiva, apoiado pelo CINTESIS, que se irá prolongar até dia 1 de junho, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), contando com cerca de 200 inscritos.
Durante três dias, os congressistas debatem diferentes temas relacionados com a prevenção, tais com prevenção cardiovascular, obesidade, saúde infantil, “cidade saudável”, erro, stress e burnout, saúde no idoso, ambiente e saúde e saúde oral.
Na cerimónia de abertura discursaram Paulo Santos, presidente desta edição e investigador do CINTESIS, Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, Romeu Mendes, em representação da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) e do Ministério da Saúde, Alberto Hespanhol, professor do Departamento de Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde (MEDCIDS), José Pedro Nunes, em representação da FMUP, e Raquel Castelo Branco, em representação da Câmara Municipal do Porto.
De acordo com Paulo Santos, a Medicina Preventiva é suficientemente abrangente para englobar toda a comunidade, incluindo todos os profissionais de saúde e outros agentes do terreno que têm muito a ver com a questão da promoção da saúde e que, muitas vezes, estão afastados desta discussão.
Assim, neste ano, a organização optou por trazer convidados de diversas áreas, como profissionais das autarquias, engenharia do ambiente, arquitetura e até um chef de cozinha, de forma a “integrar todos estes saberes naquilo que pode ser a definição de uma saúde que não é só médica”.
O Presidente do 2º Congresso de Medicina Preventiva realça ainda a importância da literacia e da educação em saúde, como forma de prevenção dos fatores de risco que provocam doenças, uma vez que elas “ajudam as pessoas a estarem capacitadas para tomarem decisões e alterarem os seus estilos de vida”.
Na sessão de abertura, o Bastonário da Ordem dos Médicos reconheceu o papel da prevenção como essencial para a saúde, apesar de muitas vezes esquecido, revelando que “o peso da prevenção no orçamento de estado para a saúde é bem inferior 1%”.
Miguel Guimarães destacou a necessidade de se investir mais na prevenção e apostar em chegar às pessoas nas escolas, nas unidades de saúde, na Medicina Geral e Familiar, nos Hospitais e noutras áreas de intervenção social.
Depois da primeira edição dedicada à prevenção enquanto fator chave para a sustentabilidade da saúde, este ano o lema da promoção efetiva da saúde como forma de proteger face à doença vem salientar a necessidade de estratégias de prevenção em sinergia com toda a comunidade, de modo a possibilitar uma saúde alargada que chegue a todas as pessoas.
O Congresso, que foi precedido de dois Cursos (“Realizar educação para a saúde nos Cuidados de Saúde” e “Multimorbilidade e polimedicação nos idosos”), encerra no dia 1 de junho com a entrega de prémios ao melhor póster e à melhor comunicação livre.