Considera que o stresse pode ser uma das principais causas de demência? Acha que o consumo de álcool pode predispor para o desenvolvimento deste tipo de patologia cognitiva? Pensa que, com alguma ajuda, as pessoas com demência podem ir às compras, preparar refeições ou cuidar de terceiros?
É para saber a opinião dos portugueses sobre estas e outras questões que o CINTESIS se aliou à Alzheimer Portugal e ao Programa Nacional para a Saúde Mental da Direção-Geral da Saúde, através de um novo inquérito nacional sobre a consciencialização e a perceção pública relativa à demência.
“A demência corresponde a grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo de memória, de capacidade intelectual, de raciocínio, de competências sociais e de alterações das reações emocionais normais”, explica Pedro Machado Santos, investigador do CINTESIS.
O principal fator de risco da demência é a idade, mas existem outros fatores que, controlados, podem ajudar a reduzir o risco de vir a desenvolver demência. “A grande das pessoas parece não reconhecer que existem comportamentos que podemos adotar e que podem funcionar como fatores protetores contra as demências”, esclarece o investigador do CINTESIS na área do envelhecimento.
Os resultados do inquérito devem permitir melhorar a compreensão sobre as experiências, as expectativas e as preocupações da sociedade portuguesa sobre esta patologia, bem como o conhecimento, a atitude e as crenças do público em geral. “Com base nesses dados, poderemos, de futuro, promover campanhas de consciencialização adequadas e eficientes”, adianta.
Recorde-se que o relatório “Health at a Glance 2017” (“Uma visão da saúde”) da OCDE apresenta dados preocupantes sobre a prevalência da demência, colocando Portugal como o 4.º país com mais casos por cada mil habitantes. A média da OCDE é de 14.8 casos por cada mil habitantes, sendo que para Portugal a estimativa é de 19.9.
O questionário tem carácter confidencial e anónimo. A equipa de investigação apela à participação de todos.