Foi lançado o Manual de Atividade Física Adaptada para pessoas com Demência, desenvolvido no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Atividade Física (PNPAF) da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Um dos autores deste novo Manual, disponível no site da DGS, é Óscar Ribeiro, investigador do CINTESIS@RISE/Universidade de Aveiro, reconhecido especialista na investigação sobre envelhecimento.
Óscar Ribeiro colaborou com outros autores, nomeadamente com a primeira autora, Flávia Machado, do Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer do Laboratório Associado ITR (CIAFEL@ITR/Faculdade de Desporto da Universidade do Porto). A equipa inclui igualmente Duarte Barros e Joana Carvalho, daquela mesma Unidade.
“Com este manual procura-se promover a atividade física e o exercício físico orientados por profissionais especializados para pessoas com demência e cuidadores e contribuir para a aquisição de uma linguagem comum facilitadora do trabalho em equipa entre profissionais de saúde, de exercício e/ou de desporto no que respeita à identificação de estratégias de intervenção conducentes à adoção de estilos de vida mais ativos e à prática de atividade física ou desportiva estruturada”, pode ler-se.
O documento fornece “estratégias e orientações metodológicas aos profissionais de saúde, exercício e de desporto, informação pertinente, sustentada cientificamente, para a existência de uma prescrição e o desenvolvimento de programas mais eficazes”.
Pretende-se, deste modo, criar “mais oportunidades de participação na atividade física, seja ela formal ou informal de âmbito recreativo, lazer ou desportivo em contexto familiar, comunitário ou institucional desta população”.
A demência é uma síndrome com vários subtipos, cuja distinção é feita tendo em conta a combinação entre a evolução temporal, os domínios cognitivos afetados e os sintomas neuropsiquiátricos associados. Atualmente, mais de 55 milhões de pessoas já receberam o diagnóstico de demência em todo o mundo, estimando-se que em 2030 esse valor aumente para cerca de 78 milhões.
Considera-se que “a promoção de intervenções não-farmacológicas coadjuvantes como a atividade física e o exercício físico são determinantes para mitigar ou retardar o declínio cognitivo e funcional associado à progressão da demência, melhorar a qualidade de vida, e garantir que as pessoas permanecem no seu ambiente por mais tempo”.
Este Manual integra uma coleção de 10 Manuais de Atividade Física, que podem ser acedidos online.