O NanoSTIMA 3.5 Meeting juntou dezenas de investigadores do NanoSTIMA (Macro-to-Nano Human Sensing: Towards Integrated Multimodal Health Monitoring and Analytics), projeto europeu coordenado pelo INESC TEC e desenvolvido em colaboração com o CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, o Instituto de Telecomunicações (IT) o CIDESD – Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro).
Um dos principais objetivos desta reunião foi aproximar, pela primeira vez, pessoas das linhas de investigação 3 e 4 do NanoSTIMA, permitindo-lhes que apresentassem os seus projetos e trocassem ideias, de modo a potenciar futuras colaborações.
A linha de investigação 4, coordenada por Pedro Rodrigues, investigador do CINTESIS, está sobretudo vocacionada para “o desenvolvimento de métodos de análise de dados que tirem partido de novas infraestruturas, de modo a gerar novo conhecimento”.
Quanto à linha de investigação 3, visa questões como o armazenamento, o transporte, o acesso, a segurança e a privacidade dos dados. “Serve tanto para fornecer dados a outras linhas, como para as outras linhas colocarem os dados recolhidos”, explicou, na ocasião, o coordenador da linha e investigador do IT, Pedro Brandão.
De acordo com Pedro Rodrigues, o grande desafio é “fazer a ponte entre novas tecnologias, novas infraestruturas e novos métodos de análise” e “integrar dados de diversas fontes”, tirando partido da investigação que está a ser desenvolvida em diferentes instituições.
Em comum existe a vontade de desenvolver novos métodos que venham melhorar as decisões em saúde, mas também aprofundar a análise de bases de dados administrativas. Entre as 12 comunicações orais e 14 pósteres apresentados estavam, por exemplo, trabalhos sobre a transferência de dados pessoais de saúde (como sinais vitais), dados de urgências ou internamentos hospitalares e novas abordagens para a melhoria do diagnóstico da apneia do sono e do prognóstico da doença de Crohn.
Para Pedro Rodrigues, “ficou claro que temos cada vez mais dados a serem produzidos, mas que isso não resolve problemas que já tínhamos com bases de dados pequenas. Além disso, continua a haver uma grande controvérsia sobre como podemos usar dados que foram recolhidos para outro propósito, incluindo a questão da confiança das pessoas (doentes, instituições e os próprios profissionais de saúde) em cederem os dados”.
Além da Investigação de base, o projeto NanoSTIMA visa também “potenciar o emprego científico e estimular a investigação com recurso a novos investigadores, muitos dos quais com ideias disruptivas”.