A equipa do CINTESIS/Universidade de Aveiro já arrancou com a primeira sessão de cocriação com um grupo de “Especialistas por Experiência”, no âmbito do projeto europeu MOAI LABS, que visa o desenvolvimento de soluções digitais para responder aos desafios associados à solidão e isolamento em adultos mais velhos.
De acordo com os investigadores do projeto, “trata-se de um grupo de oito pessoas com 60 ou mais anos que se sentem sozinhas ou que vivem isoladas e que, ao longo de alguns meses, irão partilhar a sua perspetiva sobre estes fenómenos e orientar o desenho de soluções digitais que possam ajudar a responder aos desafios que vivem”.
A primeira sessão teve como objetivo “partilhar perspetivas sobre o significado de solidão (e como é vivida/sentida), explorar os diferentes fatores que podem contribuir para que uma pessoa se sinta sozinha e aprofundar as suas experiências sobre os diferentes tipos de solidão”.
As sessões seguintes servirão para “explorar necessidades, desafios e soluções, com recurso a ferramentas de codesign”. Nas últimas sessões, está prevista a “prototipagem de inovações tecnológicas identificadas”.
As sessões do “Living Lab” português estão a decorrer no Instituto Superior de Serviço Social do Porto (ISSSP), um dos parceiros da equipa portuguesa, prolongando-se até janeiro de 2022. Para além deste Living Lab português, o projeto conta com mais dois Living Labs em Espanha e dois em França.
O objetivo é “estabelecer o primeiro laboratório europeu transnacional dedicado à investigação, desenvolvimento e inovação para responder a situações de solidão e o isolamento social dos adultos mais velhos, usando o potencial da inteligência coletiva para conceber e criar soluções inovadoras com grande impacto social”.
O projeto envolve parceiros de Espanha (Fundación INTRAS, Gerencia de Servicios Sociales de Castilla y León, FUNGE Formación y Empleo, LEITAT e Ticbiomed), França (Institut des Métiers de la Longévité e Mutualité Française Limousine) e Portugal (CINTESIS/Universidade de Aveiro e INOV INESC Inovação), tendo o CINTESIS.UA como colaboradores diretos o CASO50+, o Instituto Superior de Serviço Social do Porto (ISSSP), o Porto4Ageing e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto.